9 de dezembro de 2009

Conflito de Gerações - Post 2: Babyboomers



Nos livros de história, o fenômeno conhecido como “Baby Boom” aconteceu a partir de 1945, com o fim da Segunda Guerra. Soldados sobreviventes voltaram vitoriosos aos Estados Unidos e cheios de esperança para formar ou continuar sua família. Com isso, os americanos começaram a ter filhos. Muitos filhos. Filhos demais. Tanto que esse período é, ate hoje, o período onde ocorreu o maior crescimento demográfico nos Estados Unidos. Esses inúmeros filhos nascidos entre 1946 e 1964 ficaram conhecidos como “Babyboomers” e são responsáveis por quase tudo o que conhecemos hoje.


Eles mudaram a cara, a história e a cultura organizacional das empresas. Em 1960, quando os babyboomers completaram 20 anos de idade, eles começaram uma revolução cultural diferente de qualquer coisa já vista. Liberdade de expressão, liberdade sexual, letras de música mais agressivas, abertura e anistia política. Muita coisa veio dessa geração. No caso do Brasil podemos fazer uma comparação entre os militares que passaram a governar o país em 1964 com a juventude que foi às ruas apenas com paus e pedras para protestar.

Mesmo fazendo parte de uma mesma geração, eles são constantemente divididos em duas categorias: aqueles que nasceram entre 1946 e 1954 (geralmente chamados de Primeiros Boomers) e os nascidos entre 1955 e 1964 (freqüentemente chamados de Boomers Posteriores ou Geração Jones). Os primeiros foram aqueles que presenciaram os assassinatos de líderes importantes como John Kennedy e Martin Luther King. Os outros virão a queda do presidente Nixon no escândalo do Watergate. Dois momentos culturais distintos para a mesma geração.

Porém dois aspectos importantes unem os dois grupos de babyboomers. O primeiro é a Guerra do Vietnã. Os Primeiros Boomers foram à guerra como combatentes e os Posteriores viram tudo de longe pela televisão. Aliás, a televisão é o segundo aspecto que os une. Os babyboomers foram a primeira geração a crescer com um novo formato de difusão de informação.

Essa identidade é, de muitas formas, bastante cética. Aos vinte anos, os Boomers cunharam a famosa frase "Não confie em ninguém com mais de 30 anos" em plena Guerra do Vietnã. Os eventos de Nixon e Watergate sedimentaram o ceticismo da autoridade. Em vez disso, os Baby Boomers passaram a confiar em si mesmos. Eles foram chamados de "Geração Eu" porque foi a primeira geração a fazer um intervalo entre a infância e a idade adulta, e a explorar o fato de ser jovem. Eles se casaram e tiveram filhos mais tarde, e gastaram bastante com si mesmos.

De modo controverso, eles também são uma das gerações mais ativas e menos egoístas de todos os tempos. Sua luta contínua contra a injustiça criou o movimento das mulheres, o movimento pelos direitos civis, os protestos contra a Guerra do Vietnã e muito mais.

Hoje, os babyboomers que estão presentes nas organizações estão chegando na casa dos 60 anos. Eles pensam bastante na família, gostam de trabalhar em equipe e querem tudo em nome do bem comum. Geralmente ocupam os cargos de chefia, depois do longo tempo que trabalharam na mesma empresa. São mais tranqüilos e racionais mas, por terem tido uma grande afirmação ideológica no passado, são pouco receptivos à mudanças, sobretudo quando essas mudanças vem de gerações posteriores, como a de seus filhos, a chamada Geração X, que veremos no próximo post.


Filmes para entender os Babyboomers:
-Sociedade dos Poetas Mortos
-O Visitante
-Foi Apenas um Sonho
-Prenda-me se For Capaz
-Aconteceu em Woodstock
-JFK
-Frost/Nixon
-Todos os Homens do Presidente
-Boa Noite e Boa Sorte
-Apocalipse Now

E a série de TV “Mad Men”
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