26 de julho de 2010

A Jovem Rainha Vitória: sabedoria e união eram sua força!



Por Aline Souza


@souzaline
@cinegestao

O mais novo filme que remete à monarquia européia do século IX chega às telas de cinema transbordando de sonho e magia. Quando se trata do imaginário comum de jovens e belas moças, o destino da personagem principal é o mais almejado. Quem nunca sonhou em ser uma princesa rodeada de cuidados e mimos? Pois este é justamente o destino da menina nascida em 1819 e batizada de Alexandrina Vitória Regina – futuramente conhecida como Rainha Vitória. Última de sua linhagem real, a menina cresceu sob as duras "Regras Kensington", que mais do que protegê-la, aprisionavam-na. Dessa forma viveu sob a incumbência de assumir o trono da Inglaterra em algum momento de sua maioridade e quando descobre o seu destino, promete a si mesma ser merecedora dele, vendo no seu caminho natural a única saída para sua liberdade.

Dois tios, irmãos de seu falecido pai, disputavam Vitória como sucessora para que pudessem manipulá-la por meio de casamento arranjado. O pretendente escolhido por um deles vem da família Coburg, de tradição na geração de reis da Europa. A idéia é que o príncipe Albert de Saxe-Coburg (Rupert Friend) ganhe a simpatia de Vitoria, mas o jovem prefere ser ele mesmo e assim, talvez a conquiste. Ainda princesa, a futura rainha, aqui vivida por Emily Blunt, inicialmente fica com o coração dividido entre Albert, que também era seu primo, e o político Lorde Melbourne (Paul Bettany), que faz o jogo do parlamento.



Como uma peça de xadrez, Vitória precisa aprender jogar o jogo para articular melhor do que aqueles que a queriam como peça de manobra. Dessa forma o filme apresenta inclusive idéias inovadoras para aquela época, de igualdade entre os relacionamentos de marido e mulher, quando ela, rainha e rica, inclui seu marido nas decisões e na reflexão dos problemas enfrentados. Era preciso um esposo que não jogasse por ela, mas com ela. O filme se baseia nos ideais do amor romântico, a imagem das escrivaninhas frente a frente, como duas metades de um todo, não deixa dúvida disso.

Com a morte prematura de seu tio, Guilherme IV, Vitória assumiu o trono da Inglaterra aos 18 anos. Tornada rainha e alvo de conspirações, Vitória sabe que precisa ser uma jovem decidida e forte, uma verdadeira monarca digna do principal trono do velho continente, o mais rico e imponente. Como tudo que é novo, Vitoria comente erros que a impedem de ser aceita no início de seu governo, mas ela acreditou em si mesma e ficou conhecida como uma Rainha preocupada com questões sociais e de bem-estar popular, sendo o reinado mais longo da história de rainhas inglesas.



Por mais dificuldades que tenhamos na vida, é sempre bom nunca deixar de confiar em nós mesmos, jamais perder a fé e a esperança e saber distinguir sempre em quem podemos confiar. Pois, nem sempre os mais próximos são os que nos desejam o bem e o sucesso. Assim também é no mundo dos negócios, onde inteligência emocional e sabedoria fazem toda a diferença.


Young Victoria


Inglaterra, EUA , 2009 - 105 min.


Romance


Direção:
Jean-Marc Vallée


Roteiro:
Julian Fellowes


Elenco:
Emily Blunt, Rupert Friend, Paul Bettany, Miranda Richardson, Jim Broadbent, Thomas Kretschmann, Mark Strong, Jesper Christensen, Harriet Walter, Jeanette Hain, Julian Glover







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13 de julho de 2010

Príncipe da Pérsia: Para voltar no tempo!

Por Aline Souza

@souzaline
@cinegestao
Ainda que seja uma história pouco verossímil, de um tempo que há muito passou, é interessante perceber no filme Príncipe da Pérsia – As areias do tempo, valores que nunca deixarão de ser importantes na hora de valorizar características de um bom líder, o que poderíamos comparar com o papel desempenhado pelos príncipes de outrora. Valores como bravura, coragem e a postura de estar sempre em defesa da verdade.

O filme trata da história de um garoto, que quando criança foi adotado pelo grande Rei da Pérsia por tê-lo cativado pela coragem prematura. Quando adulto o príncipe guerreiro conhece uma misteriosa princesa e juntos lutam contra forças obscuras para proteger uma antiga adaga capaz de libertar as Areias do Tempo - um dom dos deuses que dá à pessoa que o possui o poder de controlar o mundo. Após passar por situação de conspiração, a sua luta pela união da irmandade do Reino triunfa!



Para o país Pérsia (do latim Persia, através do grego antigo Περσίς ou Persís) é oficialmente admitido como um sinônimo para Irã, embora esta última tenha se tornado mais usual no Ocidente, depois de 1935.



Etimologia: Pelo menos desde 600 a.C., o termo Persis era usado pelos gregos para referirem-se à Pérsia/Irã. Persis provém do persa Pars ou Parsa – o nome do clã principal de Ciro e que também deu o nome da região onde habitavam os persas (correspondente, hoje, à moderna província iraniana de Fars). O latim emprestou o termo do grego, transformando-o em Persia, forma adotada pelas diversas línguas européias. O povo iraniano, para se referir ao próprio país, usava desde o período Sassânida, o termo "Iran", que significa “terra dos arianos”, derivado de Aryanam, forma encontrada em textos persas antigos. No período aquemênida, os persas usavam o termo Parsa. Em 1935, o Xá Reza Pahlavi solicitou formalmente que a comunidade internacional passasse a empregar o nome nativo do país, Iran (Irã ou Irão, em português). Em 1959, o Xá Mohammad Reza Pahlavi anunciou que tanto Pérsia como Irã eram formas corretas de referir-se ao seu país. (Fonte: Wikipédia).

Para ler mais veja História Persa


Título Original: Prince of Persia: The Sands of Time

Intérpretes: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina, Toby Kebbell, Richard Coyle, Reece Ritchie

Realização: Mike Newell

Distribuido em Portugal por: ZON Lusomundo

Género: Acção/Aventura/Fantasia/Romance‎‎

Ficha Técnica: Duração: 1h56m
Origem: EUA


5 de julho de 2010

Eu sou o capitão de minha alma

Por ALine Souza
@souzaline

Em nosso ultimo post anunciamos um filme que tratava do cárcere de Nelson Mandela em seu período auge da militância contra o racismo, cujo fim acontecia com a libertação do líder, mostrando a cena memorável onde ele caminha ao lado da população eufórica!

Pois bem, nada mais justo que continuarmos com o tema África do Sul do ponto em paramos. A escolha vai para Invictus – filme de Clint Eastwood de 2009, com os atores Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Patrick Mofokeng e Matt Stern. O ano é 1990, o filme começa justamente no momento em que Mandela é liberto, no da 11 de fevereiro, e tem pela frente o enorme desafio de transformar a mentalidade e a cultura dos sul-africanos, ainda racistas, em um país unificado e orgulhoso de todos os seus cidadãos, inclusive de seus filhos negros. Havia disputa entre o CNA – Congresso Nacional Africano e os negros líderes da militância antiapartheid. Mandela apela a seus compatriotas que deixem as armas e a violência para votar em eleições livres ao lado dos brancos.

Quando é eleito Mandela, encarnado pelo ator Morgan Freeman, numa atuação de tirar o chapéu, ele precisa administrar a reivindicação dos negros e o medo dos brancos. Encontra um país devastado economicamente, o que o faz planejar ações estratégicas para conseguir bons investimentos estrangeiros e inspirar a confiança de outros líderes. Em seu primeiro dia de trabalho, pede a todos os ex-funcionários da antiga gerencia que permaneçam em seus postos de trabalho e os ensina a olhar para o futuro, pois o novo governo precisa da ajuda de todos. “O perdão é arma poderosa, afugenta o medo” afirma o grande líder!

Com o seu olhar sagaz e a percepção de um visionário, Nelson Mandela, viu na perdedora seleção de Rugby, ícone da supremacia branca, o objeto de união daquele povo que estava dividido, mas que precisava de uma alegria que o fizesse tocado pelo espírito do nacional! O jogo da seleção SpringBoks da África do Sul contra a Inglaterra é o demonstrativo de que os negros não querem mais honrar aquela camisa, símbolo do Apartheid.

Ao perceber que os negros torciam a favor do time inglês, Mandela decide agir, e o que era um cálculo político passou a ser um cálculo humano. Pela primeira vez o país iria sediar a copa do mundo do esporte, que nasceu com a tradição inglesa, mas que pouco a pouco foi se tornando popular por toda África do Sul. Como um passe de mágica, Mandela conseguiu mostrar ao capitão do time, vivido pelo ator Matt Damon, qual seria a maneira de inspirar aqueles que estão ao nosso redor. Uma das mensagens mais impressionantes do filme é a de que o “medo de se arriscar como líder é não poder mais liderar”. O risco, neste caso é o rugby, que é misto de democracia, compaixão e inteligência na visão de Mandela, que diz não à vingança mesquinha contra o time de antes, mas diz sim à união.

É na intenção de superar nossas próprias expectativas que a vitória daquele time é perseguida no mundial de 1995, quando a mudança vem de dentro, mostrando que ela não depende dos outros, senão de nós mesmos. Importante também perceber que é fundamental, tanto na vida quanto no trabalho, principalmente quando transportamos tal realidade para as empresas, se colocar sempre no lugar do outro. Isso pode nos ajudar a enxergar muito melhor nossas limitações e obter a tolerância necessária nas relações humanas. Isso acontece na cena em que Matt Damon, com todo o time de rugby visita a prisão/museu em que Mandela esteve preso. Ao entrar na cela de seu presidente percebe que quase não se podia abrir os braços ali dentro, como poderia então uma pessoa com tais restrições falar com tamanha veemência em liberdade e estar preparado para perdoar justamente aqueles que o puseram ali? A África é berço da humanidade e a África do Sul, tem fome de grandeza e precisa de um líder à sua altura!

Se pudermos fazer o exercício de imaginar que a África pode ser comparada ao Brasil e que o rugby pode ser comparado ao Futebol, temos muito que aprender com estas lições do filme Invictus, afinal confiança é a certeza de competir com a vontade de ganhar. Com alma indomável não há desespero, Mandela diz: “eu sou o dono de meu destino e o capitão de minha alma”.



Assista ao trailler abaixo: